A educação municipal conquistou mais uma premiação de relevância referente à alfabetização. Na última terça-feira, o Governo do Estado de São Paulo realizou a Premiação do Alfabetiza Juntos e 13 escolas de Franca foram reconhecidas com o ‘Prêmio Excelência Educacional’, concedido às unidades que atingiram a meta de 2024 na avaliação externa estadual SARESP (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo).

     As escolas vencedoras foram: Prof. Christianne Dezuani, Dorotea Paulino, Fausto Alexandre, Florestan Fernandes, Hélio Paulino Pinto, José Mário Faleiros, Frei Lauro, Paulo Freire, Rita de Cássia, Dr. Rubens Zumstein, Sueli Contini, Valéria Teresa e Valeriano Gomes (CAIC). Além do prêmio, as instituições terão acesso a uma verba destinada ao aprimoramento das práticas pedagógicas.

     Franca foi representada por Camila Garcia Gonçalves, chefe de gabinete da Secretaria de Educação, e Sandra Elisa Fernandes, chefe do Setor de Formação Continuada. Posteriormente, o prefeito Alexandre Ferreira receberá um quadro comemorativo da premiação e será enviada a verba para investimento.

     O ‘Prêmio Excelência Educacional’ tem como critério o Índice de Excelência Educacional (IEE), baseado nos resultados do Saresp. Cada escola tinha uma meta individual, considerando evolução de notas, complexidade da unidade, tamanho, vulnerabilidade social e se integra o regime de ensino em tempo parcial ou integral.

 

     Além deste prêmio nesta semana, recentemente Franca conquistou o Prêmio PAR (Programa Alfabetização Responsável) e o Selo Ouro do Ministério da Educação. Em 2021, apenas 75% dos alunos estavam alfabetizados ao final do 2º ano. Atualmente, o índice superou 94%.

 

      A escola não é um lugar para transmitir às crianças apenas o conhecimento formal, nas áreas de exatas, humanas e biológicas. A educação, como um todo, vai muito além disso. As instituições de ensino têm como papel a formação de indivíduos e de cidadãos para o mundo, fazendo-os refletir sobre seus valores e metas.

      A proposta pedagógica do 'Projeto para a Vida' é justamente esta, ter as respostas para os questionamentos: “Quem eu sou?” e “Quem eu quero ser?”, além de saber articular o caminho entre elas, propor vivências de situações didáticas relacionadas ao desenvolvimento progressivo das competências socioemocionais, engajar os estudantes em situações de reflexão para a construção de metas pessoais, fortalecer a capacidade de planejamento, realização de objetivos presentes e futuros para a continuidade dos estudos e inserção no mundo do trabalho.

      Em Franca, o projeto já é desenvolvido desde 2022, mas neste ano, técnicos da Secretaria de Educação desenvolveram um material didático para contribuir com o desenvolvimento das aprendizagens.

      Segundo Elaine Cristina Tomazinho de Oliveira, professora do 1º ano da EMEB 'Olívia Corrêa Costa', o material foi elaborado pela equipe curricular da secretaria. “A gente já trabalha com o 'Projeto para a Vida' há muito tempo dentro da sala de aula, mas com este material, o ensino fica mais direcionado e colocamos na rotina da sala de aula uma vez por semana”, disse.

      A proposta é destinada aos alunos da Educação Infantil (4 e 5 anos) das escolas municipais, creches parceiras e Ensino Fundamental Anos Iniciais.

      O material didático é composto por 26 volumes, com 23 sequências didáticas. As temáticas abordadas pelo material didático são: "Eu comigo, Eu com os outros, Responsabilidade e Cidadania, Cultura da Paz e Comer Comer”. O material propõe orientações para o planejamento de 9 aulas para cada temática, totalizando 216 elaboradas sequencialmente.

      Segundo Elaine, o projeto contribui para que a criança, desde pequena, perceba o seu valor e reconheça que não está sozinha, mas sim que precisa do outro e que é fundamental o respeito mutuo, quanto as diferenças e semelhanças presentes na escola. “Trabalhar o projeto para vida na escola é ajudar a criança e o jovem a desenvolver seu autoconhecimento e planos para o futuro. Assim, a escola cumpre um de seus papeis na formação de pessoas, colocando ainda o jovem como protagonista de sua própria jornada”, finalizou.

 

      Os membros dos Conselhos Municipais de Educação e Alimentação Escolar foram empossados na última semana, na Secretaria de Educação.

      O Conselho Municipal de Educação (CME) é um órgão colegiado, composto por 22 membros titulares e respectivo suplentes, que orienta e implementa a política educacional do município, atuando como um mediador entre a sociedade e os gestores da educação municipal.

      Tem como função elaborar normas complementares às diretrizes nacionais e estaduais de educação; propor soluções para questões de funcionamento do sistema municipal de ensino; elaborar e acompanhar o Plano Municipal de Educação; fiscalizar a execução das políticas públicas e monitorar os resultados educacionais do sistema municipal.

      Após a sessão plenária, foi eleita a diretoria para o próximo biênio (2025/2027), com a seguinte composição: Reinaldo Célio Rodrigues, presidente (representante das escolas da rede privada); vice-presidente, Maria Luiza Franco Nery Machado (representante de associações e sindicatos de categorias profissionais não relacionados com a Educação - Mulheres do Brasil), primeira secretária, Luciana Conceição da Silva (representante das creches filantrópicas) e a segunda secretária, Maisa Santiago Peroni (representante dos funcionários da educação – escriturária).

      As reuniões do colegiado acontecem em todas as segundas quartas-feiras de cada mês, na Sala de Conselhos, na Secretaria da Educação ou no formato on-line.

      Com mandato de quatro anos, houve também a renovação do Conselho de Alimentação Escolar (CAE), composto por 14 membros, sendo 7 titulares e respectivos suplentes, representantes do Poder Executivo, de entidades civis, docentes/discentes, pais dos alunos e outros, com a finalidade de acompanhar e fiscalizar a correta aplicação do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar)  nas unidades de ensino. O mandato do colegiado é de quatro anos e considerado um  serviço  público  relevante, tem caráter deliberativo e fiscalizatório.

      Foram eleitos para este novo mandato: Sílvia Helena Paula Flor de Luna, presidente (representantes de trabalhadores da educação e discentes – merendeira); vice-presidente, Danielle Marques de Oliveira (representantes de pais de alunos); primeira secretária, Marilaine Xavier Lopes Marques (representantes dos trabalhadores da educação e discentes – professora) e a segunda secretária, Cleibe Ribeiro da Silva (representante de entidades civis organizadas).

      As reuniões acontecem uma vez por mês, sempre na última quarta-feira.

 

      Aconteceu nesta sexta-feira, 21, o 1º ‘Encontro Formativo’, voltado para pedagogos, coordenadores pedagógicos, professores, educadores e educadores de apoio pedagógico das creches parceiras, na sede da Secretaria de Educação de Franca.

      Quase 1 mil educadores de sala, 120 professores e 100 educadores de apoio da Educação Especial participaram da iniciativa, que terá oito encontros por ano. De acordo com Camila Garcia Gonçalves, secretária de Educação em substituição,  a formação foi  planejada pela Seção de Projetos Especiais e pelo Setor de Formação Continuada, contando com a participação de mais de 20 formadores da Secretaria de Educação. “É algo extremamente importante para que os professoras e educadores recebam capacitação dos técnicos da Secretaria de Educação para melhor atender as crianças na fase mais importante da vida delas, que é a educação infantil, e atualizar as práticas pedagógicas, tornando o ensino mais dinâmico e eficiente”, ressaltou.

      Atualmente, Franca possui mais de 80 creches parceiras que atendem crianças de 0 a 5 anos.

      “Se uma criança não aprende do jeito que ensinamos, temos que ensiná-la de um jeito que ela aprenda”. A frase exemplifica bem um dos objetivos do projeto CAFE (Centro de Atendimento à Família e ao Estudante) da Secretaria de Educação. O público-alvo são crianças e adolescentes da rede municipal de ensino, com histórico de dificuldades de aprendizagem e diagnósticos de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtorno Opositor Desafiador (TOD).

      O projeto teve início nesta semana e está atendendo 14 crianças e suas famílias. De acordo com a Secretaria de Educação, as escolas municipais possuem, hoje, cerca de 760 crianças e adolescentes diagnosticadas com os transtornos.  

      Segundo a pedagoga Renata Barcellos Rodrigues, que atua na comissão de pedagogos escolares e integrante do Projeto CAFE, o principal objetivo é fazer intervenções pedagógicas lúdicas e inclusivas, visando acompanhar o desenvolvimento de alunos com dificuldades de manejo comportamental, além de fornecer suporte e orientações aos professores e famílias, promovendo um ambiente de aprendizado inclusivo. “É um projeto que está iniciando, mas estamos com muita garra e vontade de trabalhar. Estas crianças inteligentes têm um potencial muito grande de aprendizagem e queremos identificar que potencialidades são essas para ajudar o professor na escola, na rotina, na gestão, enfim, auxiliar a equipe escolar como um todo, e principalmente, ajudar os pais, porque eles também precisam desta assistência", explicou.

      Shayene Gonçalves Carvalho é mãe do Sebastian, de 6 anos. Ele possui transtornos de aprendizagem e já é acompanhado há mais de um ano. “Nós, pais, temos que ser muito gratos à secretaria, porque estão apostando nos nossos filhos. Criaram um projeto só para aqueles que precisam se desenvolver e ter uma convivência melhor dentro e fora da sala de aula, com acesso a profissionais que são capacitados para ajudar os pais. É fabuloso”, disse.

      O projeto vai funcionar todas as quintas-feiras, das 8 às 10 horas e das 14 às 16 horas, na sede da Secretaria de Educação. O atendimento é multiprofissional com momentos de educação física, inglês, arte, música, contação de histórias, Espaço Maker e muito mais.

      Os pais também participarão de oficinas para aprenderem a lidar com os filhos e criar uma rotina dentro de casa. “Nós vivemos no ambiente escolar e estamos buscando formas de lidar com esses transtornos o tempo todo, porque é tudo muito novo, ainda não existem teorias que dão conta de pontuar os procedimentos e estratégias certeiros. A equipe pedagógica da Secretaria de Educação está trabalhando para traçar um percurso seguro para trabalhar com essas crianças e contribuir com as potencialidades que ainda não foram desenvolvidas ou percebidas", ressaltou a pedagoga Renata Rodrigues. “O que a Prefeitura está fazendo é maravilhoso. Acredito que esta soma de esforços, aliado ao que fazemos em casa e a medicação, o resultado não pode ser outro se não melhorar a vida do meu filho”, finalizou Shayene.

 

      As ações incluem reavaliações de casos, oficinas de contação de histórias, rodas de música, brincadeiras, jogos e desenvolvimento de habilidades artísticas, atividades com a metodologia maker e robótica, visando também estimular as emoções e promover o convívio social.